domingo, 19 de maio de 2013

Federico Garcia Lorca e sua magistral poética



“¿Poesía?: es la unión de dos palabras que uno nunca supuso que pudieran juntarse, y que forman algo así como un misterio; y cuanto más las pronuncia, más sugestiones acuerda; por ejemplo, ... poesía es: ‘ciervo vulnerado’ ”. (LORCA GARCÍA,Federico)

Com estas palavras de Federico García Lorca, escrevo o meu 2º post, no qual comentarei um pouco sobre a vida e obra deste grande poeta, dramaturgo e escritor espanhol, que tanto admiro e que sou completamente apaixonada por sua magistral poética, repleta de tantos símbolos, metáforas, de vida e de morte, de Flamenco. 



Federico García Lorca ( Granada, 5 de junho de 1898 - entre Vízcar e Alfacar, 18 de agosto de 1936) foi integrante da “Generación del 27”. Para esta “Generación”, a metáfora não é um jogo ou um simples enfeite, mas uma nova perspectiva sobre a realidade, a união dos contrários, inteligibilidade e mistérios. Por isso veremos nesta geração, poetas que usam muitas metáforas.
Lorca é considerado o poeta de maior influência e popularidade da literatura espanhola do século XX. Morreu executado durante a Guerra Civil Espanhola, por ter afinidade com a Frente Popular (oposião a Guerra Civil) e por assumir a sua homossexualidade, numa época cheia de preconceitos.
 Vale mencionar, que ao lado do compositor Manuel Falla, foi um dos responsáveis pela elevação, pelo reconhecimento do Flamenco ao nível da Arte, tirando-o da “marginalidade”, do preconceito que se tinha frente a ele, por sua conexão com o povo cigano. Eles organizaram em Granada, o Concurso del Cante Jondo, em 1922, que foi um sucesso, com artistas que vieram de todas as partes de Espanha, enaltecendo o Flamenco, dando-lhe uma nova vida. Assim,  a geração que veio depois, produziu alguns dos maiores nomes do Flamenco de todos os tempos, como La Niña de los Peines, e a bailaora Carmen Amaya.
Segundo alguns teóricos que estudam Lorca, ele “Transforma la realidad a su antojo” e “el mundo lorquiano” é feito de santos, brigas, de espera, e sempre de morte. Segundo o poeta e também ensaísta Pedro Salinas “ […] Pero Lorca, aunque expresa con originalidad y acento personal evidentes el sentir de la muerte, no ha tenido que buscarlo, se lo encuentra en torno suyo” (SALINAS,Pedro). Assim, os símbolos lorquianos são carregados desde ar trágico, de amargura, e de morte, pois  “Lorca siente la vida por la vía de muerte” (SALINAS,Pedro).

Algumas de suas principais obras:

Poema de cante Jondo (1921): expõe o cenário poético do mundo do “cante jondo”, cante primitivo cigano-andaluz, de canções emotivas e profundas, que revela a misteriosa alma andaluza.  

Romancero Gitano (1923): universaliza a figura do cigano-andaluz e o eleva ao nível de mito.

E como amo o Flamenco, não poderia deixar de destacar o poema “Romance de la luna, luna” que foi interpretado pelo grande “cantaor” Camarón de la Isla:


La luna vino a la fragua
Con su polisón de nardos.
El niño la mira, mira.
El niño la está mirando.
[...]

Poeta en Nueva York (1930), que surgiu de sua viagem e estância em Nova York. Em destaque o poema “Aurora”, intepretado pelo também reconhecido “cantaor” flamenco, Enrique Morente:


La aurora de Nueva York tiene
Cuatro columnas de cieno
Y un huracán de negras palomas
Que chapotean en las aguas podridas.

La aurora de Nueva York gime
Por las inmensas escaleras
Buscando entre las artistas
Nardos de angusta dibujada.
                                                                                              […]

Mais alguns títulos da grandiosa obra de García Lorca:

§  Yerma (1934)

Se você ainda não leu nenhuma dessas obras, #Ficaadica, ou se já, faça como eu, viaje sempre que puder pela "Andalucia lorquiana", pois com toda certeza você se encantará ainda mais pela magistral poética de Federico García Lorca.


#Superdica



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